BOATOS

Somente um aventureiro imprudente partiria em uma busca tão perigosa sem primeiro descobrir o máximo possível a respeito da montanha e seus tesouros. Antes da sua chegada ao sopé da Montanha do Cume de Fogo, você passou diversos dias com as pessoas da cidadezinha local, a uns dois dias de viagem da base do monte. Por ser uma pessoa simpática, você não teve muita dificuldade em se relacionar com os camponeses da região. Embora eles contassem muitas histórias sobre o misterioso santuário do Feiticeiro, você não ficou muito convencido de que todas - ou alguma delas, na realidade - eram baseadas em fatos reais. Os moradores da vila tinham visto muitos aventureiros passarem por lá a caminho da montanha, mas muito poucos retornaram algum dia. A jornada que você tinha pela frente era extremamente perigosa, isso você sabia com certeza. Nenhum daqueles que retornaram à cidadezinha pensava em voltar à Montanha do Cume de Fogo.

Parecia haver algum grau de verdade no boato de que o tesouro do Feiticeiro estava guardado em uma arca magnífica, com duas fechaduras, e que as chaves para estas fechaduras ficavam guardadas por vários seres horripilantes dentro das cavernas. O próprio Feiticeiro era um mágico de grande poder. Alguns o descreviam como sendo um velho, outros como um jovem. Alguns diziam que seu poder provinha de um baralho encantado, outros que era derivado das luvas de seda negra que ele sempre usava.

A entrada da montanha era guardada por um bando de Goblins com o rosto cheio de verrugas, criaturas estúpidas que adoravam comer e beber. Nas câmaras mais interiores, os seres se tornavam mais assustadores. Para chegar às câmaras interiores você teria que atravessar um rio. O serviço de travessia era regular, mas o barqueiro gostava sempre de fazer bons negócios, por isso você deveria ter uma Peça de Ouro para a viagem. Os habitantes locais também o incentivaram a fazer um bom mapa de sua trajetória pois sem um mapa você terminaria se perdendo irremediavelmente no interior da montanha.

Quando finalmente chegou o seu dia de partir, a vila inteira apareceu para desejar a você uma viagem segura. Os olhos de muitas da mulheres se encheram de lágrimas, tanto das jovens quanto das velhas. Você não conseguiu evitar de pensar se não seriam lágrimas antecipadas de sofrimento, choradas por olhos que não voltariam a vê-lo vivo.

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